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Geopolítica no Oriente Médio – Israel, Faixa de Gaza e Irā

Por Belarmino Mariano”

Os EUA, Reino Unido, França e Alemanha são os es militares e econômicos para Israel no Oriente Médio, há décadas isso fortalece o controle geopolítico e econômico destas potências na região.

O governo de Israel, que deveria querer a paz e gerar confiança e equilíbrio, sempre fez o jogo sujo destas potências, que exploram o petróleo e o gás nos diferentes territórios. Para tanto, aumentam as tensões, os conflitos e o caos constante.

Desde 2021 que os conflitos entre Israel e Palestina se intensificaram, aumento a violência a quase 1 ano, gerando genocídio contra o povo palestino em Gaza, na Cisjordânia, Sul do Líbano e contra o Irã.

Na última sexta-feira, Israel desferiu ataques contra base nuclear iraniana, que respondeu com o lançamento de centenas de mísseis em drones, contra diversas cidades de Israel, incluindo Tel Aviv, Jerusalém e outras.

Os ataques israelenses contra Gaza, com registros internacionais de genocídio, tem mobilizado o mundo inteiro contra o governo de Israel e diante de um desgaste mundial e da impunidade, pois conta com o apoio e interesse de potências como: EUA, Reino Unido, França e Alemanha, mantém o caos geral na região.

Quando o Irã respondeu aos ataques israelense com um gigantesco poder de fogo, com lançamentos de mísseis simultâneos que duraram por toda a noite de sexta-feira e ao sábado continuaram, o mundo e estas grandes potências começaram a entender que o Irã não está para brincadeiras e provocações constantes.

Os ataques do Irã contra o território de Israel, fizeram as sirenes tocarem por todo o país. E quando os mísseis começaram a atingir as cidades como Tel Aviv, as pessoas entraram em desespero total. Os abrigos ficaram lotados e as explosões, seguidas de destroços e destruição, deixaram todos assombrados.

Durante a madrugada de sexta para sábado, o governo israelense afirmou que todo o território estava sob ataque, o que deixou o mundo sob aviso, da iminente guerra entre essas duas potências regionais.

Os dois governos itiram a destruição e morte de militares e civis. Se a operação israelense atingiu o programa nuclear do Irã, a resposta foi imediata e também causou grandes estragos ao Estado de Israel que seguia com suas atrocidades contra o povo palestino e agora, sentiu o peso e brutalidade militar iraniano.

Ainda não existe uma clara definição dos estragados, mas as relações internacionais foram completamente abaladas. A própria economia foi atingida de cheio, provocando instabilidade nos preços do petróleo e gás, além de espaço aéreo e fronteiras dos demais países sob completa tensão e alerta máximo de que o conflito possa se intensificar e se ampliar para outros países.

Do outro lado do mundo, a Rússia e a China convocaram uma reunião da ONU para condenarem o ataque de Israel à base nuclear do Irã. Para piorar as tensões, o governo do Irã, avisou aos governos Norte-americano, do Reino Unido, da França e da Alemanha, que se continuarem dando e a Israel, seus negócios e interesses serão retaliados em todo o Oriente Médio.

O Estado de Israel sentiu, pela primeira vez, o peso militar iraniano, pois a defesa antiaérea falhou em centenas de pontos e seus contra-ataques foram interceptados pelo o Irã. Imagens de aviões de ataque israelenses sendo derrubados em solo do irã, mísseis atingindo o Ministério da Defesa de Israel e destroços por dezenas de cidades em Israel, demonstram o tamanho dos estragos.

Uma das cenas mais chocantes são os próprios israelenses filmando os milhares de drones e mísseis entrando no espaço aéreo de Israel, como se fosse uma chuva de gafanhotos e em seguida, os estrondos, o fogo e a destruição por todos os lados.

A resposta militar do Irã, que era subestimada por analistas das grandes potências aliadas e financiadoras de Israel, pegou ou deixou muitos países assustados. Pois todos sabem que se essa guerra ganhar força, será muito difícil invadir o Irã, pois suas fronteiras montanhosas, seus desertos castigantes e seus domínios marítimos, são quase que totalmente impenetráveis.

Diferente do Iraque e do Afeganistão, que os Estados Unidos, França e Reino Unido, conseguiram pentrar com certa facilidade, na famosa guerra do golfo, entre 2002 até 2019, no território iraniano, não será tão fácil. Por tanto, podem ter cutucado a cobra com uma vara cueta demais. O Irã dá de tudo para não entrar numa guerra, mas se for forçado a entrar, aí se preparem.

Basta lembrar da “Guerra Iraque x Irã” (1980-1988). Ao final, o Iraque ficou tão vulnerável que rapidamente capitulou para as potências que hoje atentam contra o Irã. O povo de Israel, agora, sentiu a sua vulnerabilidade e, se os vizinhos resolverem acertar as contas com o governo israelense, que massacra o povo palestino, em Gaza, no Líbano, na Cisjordânia e em outros países, não sobrará pedras sobre pedras.

*Belarmino Mariano. Professor de Geopolítica da UEPB. Imagens das redes sociais

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